22 de abril de 2008

TEORIA DAS BORBOLETAS

Borboletas no estômago? É uma expressão que realmente existe em inglês e significa pra gente aquele friozinho na barriga que sentimos quando estamos apaixonados. É constante, quando ele/a liga, quando estamos indo ao seu encontro, quando ele/a surge no messenger, no magnífico momento do beijo ou quando ele/a diz qualquer coisa no nosso ouvido mesmo que a intenção seja apenas a de se fazer ouvir num lugar barulhento.
Pois é, sensaçãozinha boa que para alguns até vicia. Mas chega um momento em que você precisa fazer a escolha. Porque a paixão que faz com que as borboletas batam suas asas tem tempo determinado, já ouvi dizer que dura em média dois anos, não importa quanto tempo dure, importa que acaba.
Por isso, se ao invés de buscar a pessoa pela qual as suas borboletas vão bater para sempre você viver com cada uma por qual as borboletas baterem todos os momentos da maneira mais intensa que puder, quando chegar o momento impulsionado pela natureza e sua necessidade de conservação da espécie, em que você vai querer se casar e ter filhos, talvez você já esteja preparado para abrir mão das borboletas.
Se fossemos seres um pouco menos evoluídos não precisaríamos jamais abrir mão das borboletinhas, deixaríamos a natureza e sua necessidade de diversificação da espécie agir livremente, fazendo com que elas entrassem e saíssem de nossos jardins constantemente e para sempre. Mas como o “se” é o termo complicador número um da vida na Terra, desconsideremos esse fato.
A proposta desta “teoria” não é a de uma vida promíscua como você pode estar pensando, não é isso, propõe apenas que a gente não perca mais tempo com buscas intermináveis, nos recuperando de frustrações e de quebra, o fim do amor platônico, porque se verdadeira for a teoria das borboletas, toda pessoa, a não ser que já tenha aberto mão das pobrezinhas, um dia ainda poderá tê-las batendo por você.
Mas é compreensível que você não queira aceitar a teoria das borboletas. Afinal, você já viu um casal de velhinhos passeando de mãos dadas num domingo a tarde e pensou: “Ah! O amor é lindo...” E é mesmo, concordo. Mas o amor é um sentimento que independe da paixão, não é a toa que amamos também nossos filhos, pais e amigos. O tal amor “homem-mulher”, como se diz, não é um outro tipo de amor, é apenas o bater de asas mais inquieto das borboletas, sentimento este mais conhecido como paixão.
O dia que você estiver pronto para abrir mão da prazerosa inquietação que a paixão oferece você estará pronto também para o passeio de mãos dadas no domingo a tarde. Ou seja, abrir mão das borboletas e viver feliz e tranqüilo para sempre. Será?

Um comentário:

Anônimo disse...

Um dos melhores textos que já li.
Obrigado por tamanha doação.
Abraços,
Arthur